Cayo Luccas Rodrigues dos Santos, 21 anos, foi identificado pela Polícia Civil de São Paulo como líder de um esquema de extorsão que utilizava dados sigilosos obtidos em sistemas governamentais. O jovem já está preso, acusado de ameaçar o influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, e a psicóloga Ana Beatriz Chamati.
As intimidações teriam começado após a publicação de um vídeo no canal de Felca que denunciava a exposição de crianças e adolescentes na internet. A reportagem detalhando o caso foi exibida pelo programa Fantástico neste domingo, 31 de agosto de 2025.
Modus operandi
De acordo com os investigadores, Cayo vinha sendo monitorado desde o fim de 2024. Ele seria o responsável por invadir bancos de dados oficiais, coletar informações pessoais e, em seguida, chantagear as vítimas — muitas delas menores de idade — ou silenciar quem denunciava abusos online.
Relatos apontam que o suspeito obrigava meninas a participarem de transmissões ao vivo, submetendo-as a rituais de humilhação, ordens de automutilação e atos classificados pela polícia como estupro virtual. Há registros de vítimas com apenas 7 e 8 anos.
Lucro estimado e atuação em rede
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, informou que Cayo atuava como “mentor intelectual” de outros criminosos, vendendo informações obtidas ilicitamente e oferecendo instruções para novos ataques. A polícia estima que ele chegava a lucrar até R$ 30 mil por semana.

Imagem: Internet
Prisão em Pernambuco
Cayo foi localizado em Olinda (PE) depois que agentes paulistas descobriram seu plano de inserir dados falsos sobre Felca em bancos de mandados de prisão — tática já utilizada contra outras vítimas. Durante a operação, Paulo Vinicios Oliveira Barbosa, apontado como cúmplice, também foi preso em flagrante.
As investigações prosseguem para identificar outros integrantes do grupo e possíveis vítimas.
Com informações de Portal LeoDias