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Novo álbum de Sabrina Carpenter provoca debate sobre sexualidade e liberdade feminina no pop

Sabrina Carpenter voltou ao centro das discussões na música pop após lançar, na sexta-feira (29/8), o álbum Man’s Best Friend. A cantora, de 26 anos, divulgou uma arte de capa em que aparece de quatro, usando coleira e com os cabelos puxados, fazendo alusão a um cachorro — referência reforçada por um filhote de golden retriever, mascote da nova era. A imagem gerou forte repercussão nas redes sociais e levou a artista a disponibilizar versões alternativas da capa.

Críticas e questionamentos

Desde o anúncio do disco, internautas dividem opiniões sobre o tom sexual da proposta visual. Parte do público alega vulgaridade, enquanto outro grupo defende a naturalidade com que Carpenter, conhecida pelo hit “Espresso”, aborda temas ligados ao desejo feminino.

Especialistas analisam o caso

A neuropsicóloga Tatiana Serra, consultada pelo portal LeoDias, afirma que o sexo ainda é tabu, especialmente quando a iniciativa parte de mulheres. “Quando a mulher se mostra sexualmente ativa e usa símbolos de poder ou submissão de forma consciente, costuma ser vista não como empoderada, mas como exagerada ou manipuladora”, comentou.

Para a especialista em bem-estar sexual Alisha Santos, a ousadia da cantora confronta ensinamentos recebidos desde a infância. “Ao expor a própria sexualidade de modo provocativo, Sabrina questiona padrões que muitos foram ensinados a reprimir”, avaliou.

Pop ainda encontra barreiras

Madonna e Lady Gaga já enfrentaram resistências semelhantes; agora, Sabrina Carpenter repete o desafio. “Mesmo no pop, existe um limite invisível para o que uma mulher pode cantar ou representar”, observou Alisha.

Comportamento da geração Z

Nascida em 1999, Carpenter é considerada voz proeminente da geração Z. Seu público — majoritariamente feminino e jovem — reagiu de forma ambígua: há quem veja ousadia, e há quem critique exposição excessiva. Segundo Tatiana Serra, estudos indicam que, embora essa geração fale mais sobre sexo, ela experimenta menos. “É um grupo com maior consciência de saúde mental e autocuidado, o que leva a evitar riscos”, explicou.

Alisha complementa que a postura crítica não deve ser confundida com conservadorismo. “Muitas vezes, o que parece moralismo é o desejo de representações responsáveis, sem reforçar padrões tóxicos”, disse.

Apesar das reações divergentes, ambas as especialistas concordam que a discussão aberta é um passo importante para questionar limites impostos às mulheres no entretenimento.

Com informações de Portal LeoDias

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