O empreendedor Lucas Montanini voltou ao mercado de fintechs com a Fenynx, plataforma que concede crédito utilizando Bitcoin, stablecoins e ativos tokenizados como garantia. A nova empresa, fundada ao lado de Luan Rodrigues, tocou a campainha da B3 em 26 de novembro, marcando a emissão subsequente de equity tokenizado no ambiente da Bolsa.
Origem no ecossistema BaaS
Montanini e Rodrigues ficaram conhecidos após criarem a Live On, iniciada em um quarto de 23 m². A fintech cresceu para mais de 100 funcionários, atendeu 70 outras fintechs e movimentou R$ 2 bilhões antes de ser adquirida pelo Banco Modal. Rebatizada como Modal as a Service, a operação reforçou a estratégia de Banking as a Service da instituição, que posteriormente foi comprada pela XP Inc.
Modelo de negócio
A Fenynx combina infraestrutura regulada, tecnologia blockchain, custódia segura e liquidação automatizada para ofertar linhas de crédito colateralizadas em criptoativos. A startup realizou uma oferta subsequente de tokens representativos da empresa na B3 em parceria com a Zuvia Digital Assets Plataforma de Investimentos, tokenizadora autorizada pela CVM para distribuir valores mobiliários de sociedades de pequeno porte.
Conselho e especialistas
Além dos fundadores, o projeto conta com um grupo de advisors que inclui Juarez Borges Filho (Checkout.com), Victor Cunha (Coopera Ventures), Carlos Akira (Pagos), Gilberto Albuquerque (Kadmotek e Bossa Invest), C. Cassel (CambioReal Inc.), Ricardo Carvalho (G2 Capital) e Sandro Almeida (ex-Citi, Via Varejo e Carrefour).
Metas até 2026
A Fenynx projeta, até 2026, expandir parcerias com bancos, ampliar o portfólio de ativos aceitos como colateral, integrar-se a Fidics, gestores e custodiantes, oferecer juros mais acessíveis a clientes corporativos e instituições e manter uma estrutura regulatória capaz de sustentar produtos financeiros mais complexos.
Imagem: Instagram lucasmtanini
Convergência DeFi e TradFi
De acordo com Montanini, a proposta é conectar a liquidez da economia digital ao sistema financeiro tradicional, mantendo governança, custódia regulada e padrões institucionais. “Não buscamos substituir modelos existentes, mas criar pontes entre os dois mundos”, afirma.
Com a trajetória que vai da Live On ao novo projeto, Montanini reforça sua reputação no desenvolvimento de infraestrutura financeira em um momento de integração entre blockchain, crédito e mercado de capitais.
Com informações de Fashion Bubbles
