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Estrela de Belém segue intrigando astrônomos e historiadores após dois milênios

A luz celestial que, segundo o evangelho de Mateus, conduziu magos vindos do Oriente ao local onde Jesus nasceu em Belém ainda provoca questionamentos sobre sua natureza e data exata.

Relato bíblico

A única referência direta ao fenômeno aparece em Mateus 2:1-12. O texto relata que sábios orientais viram uma “estrela” surgir a leste, consultaram o rei Herodes e, depois, seguiram o astro até o ponto em que teria “parado” sobre o lugar onde estava o recém-nascido.

Como o céu era interpretado na Antiguidade

Naquela época, planetas eram chamados de “estrelas errantes” e seus deslocamentos recebiam interpretações políticas ou religiosas. Persas e babilônios, por exemplo, liam no firmamento presságios de grandes mudanças na Terra.

Principais hipóteses astronômicas

Entre as explicações mais citadas está a proposta do astrônomo Kārlis Kaufmanis, que apontou para uma tripla conjunção entre Júpiter e Saturno na constelação de Peixes em 7 a.C. Segundo ele, o alinhamento poderia ter parecido uma única estrela muito brilhante para observadores antigos.

Outros pesquisadores cogitaram cometas ou chuvas de meteoros. Registros chineses mencionam um corpo celeste incomum no mesmo período, mas a falta de evidências de que um astro possa ter “parado” no céu leva grande parte da comunidade científica atual a ver a narrativa como junção de evento real com simbolismo teológico.

Contexto histórico

No século I a.C., o Mediterrâneo e o Oriente estavam sob domínio romano e a Judeia enfrentava tensões internas no governo de Herodes. Para populações submetidas, o surgimento de um sinal luminoso anunciando um novo líder representava esperança de mudança.

Nesse cenário, a Estrela de Belém teria funcionado como elo entre céu e Terra, reforçando a mensagem de esperança que cercou o nascimento de Jesus e se perpetuou em presépios e celebrações natalinas ao longo dos séculos.

Com informações de Casa Vogue

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