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Como a dieta pode mudar o cheiro do corpo, explica nutricionista

A escolha dos alimentos interfere diretamente no odor que cada pessoa exala. A afirmação é da nutricionista Adriane Dias, colunista do portal LeoDias, que comentou resultados de um estudo internacional divulgado em 8 de novembro de 2025.

Segundo a especialista, durante o processo de digestão e metabolismo, o organismo fragmenta os nutrientes e gera compostos voláteis que podem ser eliminados pela pele, pelo suor, pela respiração e pela urina. Pesquisas da Cleveland Clinic (Estados Unidos) e da Macquarie University (Austrália) confirmam que essas substâncias alteram o cheiro natural do corpo.

Fatores que acentuam ou reduzem o odor

Além da alimentação, hidratação insuficiente, desequilíbrios na microbiota intestinal e falta de higiene bucal — especialmente a limpeza da língua — favorecem a formação de compostos sulfurados responsáveis por odores mais fortes.

Alimentos que podem piorar o cheiro

Alho e cebola: ricos em enxofre, liberam alil-metil-sulfeto, que permanece até 48 horas no organismo.
Carnes vermelhas em excesso: produzem metabólitos que alteram odor corporal e hálito.
Temperos intensos (curry, cominho, pimenta): deixam o suor mais marcante.
Álcool: parte é eliminada pelo suor e pela respiração, modificando o aroma natural.
Ultraprocessados: prejudicam a flora intestinal e, indiretamente, o cheiro do corpo.

Por que a dieta influencia

Substâncias como enxofre, aminas e ácidos graxos, metabolizadas no fígado, podem sair pelo suor. Um intestino desregulado intensifica a fermentação e a produção de gases com odor forte. Há ainda condições genéticas, como a trimetilaminúria, em que o corpo não decompõe a trimetilamina presente em ovos, peixe e fígado, resultando em cheiro semelhante ao de peixe.

O que incluir e o que evitar no prato

Recomendados: frutas, verduras e legumes ricos em água (melancia, pepino, alface, abobrinha); alimentos com betacaroteno (cenoura, mamão, manga); probióticos e fibras (iogurte natural, kefir, aveia, linhaça); e muita água para auxiliar na eliminação de resíduos.

A moderar ou evitar: frituras, carnes processadas, alimentos muito gordurosos, consumo excessivo de alho, cebola, temperos fortes e bebidas alcoólicas.

Dicas extras de higiene

Raspar a língua diariamente reduz a saburra lingual, camada que concentra bactérias e compostos sulfurados responsáveis por boa parte do mau hálito.

Gases intestinais

O cheiro dos gases depende da fermentação dos alimentos pela microbiota. Ovos, couve-flor, brócolis, repolho, leguminosas sem remolho, carnes vermelhas, embutidos e laticínios (em pessoas com intolerância à lactose) tendem a intensificar o odor. Para amenizar, a nutricionista sugere probióticos, prebióticos, vegetais crus, hidratação adequada e atenção à tolerância individual.

Quem busca reduzir odores pode, portanto, ajustar a dieta, reforçar a hidratação e manter cuidados de higiene bucal, especialmente a limpeza da língua.

Com informações de Portal LeoDias

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