Rio de Janeiro – O remake de “Vale Tudo”, produzido pela TV Globo, utiliza o guarda-roupa de duas personagens centrais para sublinhar o conflito entre elas. Odete Roitman, interpretada por Debora Bloch, adota peças sóbrias e de grifes internacionais, enquanto Celina Junqueira, vivida por Malu Galli, privilegia cores vivas, tecidos leves e marcas brasileiras.
Alfaiataria como símbolo de poder
Logo em sua primeira aparição, Odete surge com um sobretudo da Burberry, indicando o tom de seu figurino. A empresária é vista em camisas de seda, blazers estruturados e calças de alfaiataria, muitas vezes assinados por nomes como Giorgio Armani, Dior e Hugo Boss. As cores predominantes — preto, cinza, azul-marinho e bege — reforçam a seriedade da personagem, que utiliza a moda como extensão de sua autoridade nos negócios e na vida pessoal.
Leveza e brasilidade no guarda-roupa
No extremo oposto, Celina Junqueira aposta em vestidos de linho, calças pantalonas e blusas de seda estampada. A personagem recorre a grifes nacionais, como Marina Bitu, Neriage, BDLN, Adriana Degreas e Cris Barros, reforçando a ligação com a cultura local. Vermelho, verde, laranja, azul e amarelo dominam suas produções, que incluem estampas tropicais e geométricas.
Narrativa reforçada pelo figurino
As escolhas vestimentares evidenciam a distância entre as irmãs da trama. Odete projeta frieza e cálculo por meio de ternos e cores neutras, enquanto Celina transmite calor humano e descontração com tecidos fluidos e paleta vibrante. A oposição estética, portanto, torna-se recurso essencial para o público compreender a forma como cada uma se relaciona com o poder, a família e o mundo que as cerca.
Imagem: Internet
Com informações de Fashion Bubbles
