Uma residência ecológica localizada no Colorado (Estados Unidos) virou sensação nas redes sociais ao reunir mais de 325 mil seguidores no Instagram. A construção, idealizada pela artista e designer Arianna Danielson, foi erguida segundo os princípios das Earthships, sistemas de habitação passiva que priorizam materiais naturais, semienterramento e independência energética.
Como a casa funciona
O imóvel é alongado, parcialmente coberto por terra e conta com uma fachada de vidro que se estende por todo o comprimento, voltada para o sul. Esse conjunto, aliado a um sistema de ventilação natural, permite climatização quase autossuficiente ao longo das quatro estações.
Placas solares, captação de água da chuva e aproveitamento do vento tornam a moradia independente da rede pública. Todo o processo foi automatizado, o que reduz a necessidade de intervenções diárias dos proprietários. Danielson e o marido apenas evitam o uso excessivo de aparelhos como máquina de lavar, secadora e lava-louças.
Da deterioração à popularidade
Quando foi comprada, a casa estava abandonada há meses, com sistemas inutilizados e estrutura deteriorada. O casal, acostumado a reformas DIY e auxiliado pelos pais de Danielson, documentou cada etapa de recuperação nas redes sociais. O diário virtual despertou curiosidade sobre arquitetura sustentável e ajudou a difundir o conceito de casa semienterrada.
Interior acolhedor e design consciente
Por dentro, a residência exibe paleta de cores inspirada na paisagem do Colorado, com móveis garimpados em brechós e peças produzidas pelo próprio casal. Segundo a designer, cada elemento foi escolhido para respeitar os valores de reaproveitamento e conexão com a terra.

Imagem: Divulgação
Aluguel pelo Airbnb
Além da exposição online, a casa está disponível para hospedagem no Airbnb. Casamentos, aniversários e retiros já foram realizados no local, cuja renda auxilia nos custos de manutenção. Danielson afirma que nunca enfrentou problemas com hóspedes e credita isso ao perfil de visitantes: pessoas interessadas em autonomia energética e baixa pegada de carbono.
Para a criadora, compartilhar o lar — seja virtualmente ou como hospedagem — transformou-se na “maior alegria inesperada” do projeto, permitindo que mais pessoas vivenciem, ainda que por algumas noites ou pela tela do celular, a rotina de uma construção totalmente voltada para a sustentabilidade.
Com informações de Casa Vogue