O arquiteto carioca Bruno Reis e o veterinário paulistano Felipe Andrade reformaram um apartamento em Higienópolis, na capital paulista, com a proposta de integrar ambientes sociais, ampliar a circulação interna e preservar a identidade brutalista do imóvel.
Desafio estrutural
Sem plantas ou registros no condomínio, a dupla precisou abrir trechos de parede para localizar pilares e vigas originais. A descoberta dessas peças possibilitou demolições seguras e a manutenção da estrutura aparente, decisão que sustenta o caráter brutalista do projeto.
Principais intervenções
• Cozinha aberta para a área social, com bancadas de quartzito Tiffany Green da Neogran Marmoraria, marcenaria em pau-ferro executada pela Scholl Móveis e banquetas Torno, do Atelier Gustavo Bittencourt.
• Transformação de um dos dormitórios em suíte, unindo o banheiro existente ao antigo quarto de serviço, agora segunda sala de banho.
• Ampliação da lavanderia sobre parte da antiga área de serviço.
• Redesenho do corredor para criar um escritório no espaço da antiga sala de TV.
Materiais e acabamentos
O piso de taco de peroba, restaurado e presente em todo o apartamento, serve de base cromática, combinado a tons terrosos e verdes nas paredes. O granilite branco com pedriscos marrons, beges e cinzas aparece em áreas molhadas, enquanto a cerâmica Iris Camel reveste lavabo e banco sob a janela do living.
Mobiliário brasileiro
Peças de designers nacionais compõem os ambientes: mesa Oblonga (Estúdio Bola) e cadeiras Copa (Atelier Fernando Jaeger) na sala de jantar; poltronas Paulistano, de Paulo Mendes da Rocha, e poltrona Mole, de Sergio Rodrigues, no living; além de tapetes da Leva Oficina e da Botteh Tapetes. O arquiteto assinou a serralheria retrátil que setoriza os espaços e desenhou cabeceira e painel da suíte máster.
Imagem: Mariana Orsi
Resultado
A reforma readequou a planta às necessidades atuais do casal, das visitas de amigos e da schnauzer Nanquim, preservando a história construtiva do imóvel por meio de pilares e vigas aparentes e de uma paleta de materiais que valoriza a memória brutalista.
Com informações de Casa Vogue
