O projeto Atoriē estreia em São Paulo propondo uma aproximação entre arte contemporânea e mobiliário de uso diário. As primeiras criações, assinadas por Artur Lescher, Paula Juchem, Paulo Nimer Pjota e Tiago Mestre, serão apresentadas na Casa Iramaia entre 17 e 19 de dezembro e de 5 a 23 de janeiro.
Colaboração entre artistas, arquiteta e oficinas especializadas
Idealizado pela arquiteta Camila Tariki, sócia do escritório Bernardes Arquitetura, o Atoriē funciona a partir de processos colaborativos que unem artistas convidados a fornecedores com domínio de técnicas tradicionais. “Cada trabalho percorre um caminho próprio, com muitas conversas, testes e ajustes”, explica Tariki.
Processo artesanal aliado à tecnologia
Cada peça passa por etapas de desenho, prototipagem e pesquisa de materiais, sem padronização de métodos. Oficinas especializadas combinam saberes artesanais, frequentemente ligados à escultura, a recursos tecnológicos atuais, ampliando as possibilidades formais dos objetos.
Desenvolvimento sem pressa
O tempo de maturação é considerado essencial. Da concepção à finalização, o projeto se distancia de lógicas de produção acelerada para criar objetos pensados para atravessar diferentes contextos. Nas luminárias, por exemplo, os sistemas de iluminação são projetados especificamente para cada modelo, integrando forma e tecnologia desde o início.

Imagem: Ruy Teixeira
Arte para o cotidiano
A proposta não adapta obras já existentes, mas desenvolve peças inéditas concebidas desde o início para o uso cotidiano. A intenção, segundo Tariki, é que arte, função e processo convivam sem hierarquia quando os objetos passarem a compor ambientes domésticos.
Com informações de Casa Vogue
