Uma praça flutuante de 400 m², capaz de receber até 150 pessoas, foi ancorada na Baía do Guajará, em Belém (PA), para integrar a programação da COP30, que acontece até 21 de novembro. Batizada de AquaPraça, a estrutura foi criada pelos escritórios Höweler+Yoon Architecture e Carlo Ratti Associati após estrear na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2025.
O projeto se apoia em câmaras que enchem ou esvaziam como tanques de lastro, regulando a altura da plataforma conforme a maré. Sensores acompanham essas variações em tempo real para manter o piso estável e seguro. De acordo com o arquiteto Eric Höweler, cofundador do Höweler+Yoon, o sistema garante que a praça permaneça sempre no mesmo nível em relação à água, mesmo durante enchentes.
Para alcançar esse resultado, os responsáveis envolveram engenheiros navais, fabricantes e autoridades locais. A intenção é demonstrar como espaços públicos podem responder de forma adaptativa às mudanças climáticas, em vez de resistir a elas.
Com superfícies inclinadas que aproximam o público da água, a AquaPraça foi pensada para abrigar conferências, oficinas e eventos diversos. A arquiteta J. Meejin Yoon, também cofundadora do Höweler+Yoon, define a instalação como uma plataforma que amplia a compreensão coletiva sobre a elevação do nível do mar e seus impactos urbanos.
Imagem: Peter White
Curador da Bienal de Veneza de 2025 e sócio do Carlo Ratti Associati, Carlo Ratti afirma que o objetivo é mostrar como a arquitetura pode encarar o futuro abraçando a natureza. Após o encerramento da COP30, a AquaPraça permanecerá como instalação permanente na Baía do Guajará, contribuindo para discutir questões ambientais e enfrentar desafios locais, como o aumento do nível das águas.
Com informações de Casa Vogue
