Posicionar obras de arte de forma equilibrada faz diferença na mensagem que o ambiente transmite. A arquiteta Melina Romano, integrante da lista Casa Vogue 50 e fundadora da plataforma Lab MR, destaca regras simples para evitar erros na instalação de quadros em residências.
Altura recomendada
De acordo com a profissional, o centro da peça deve ficar entre 1,4 m e 1,5 m do piso, altura média dos olhos de uma pessoa adulta. Em composições do tipo gallery wall, o eixo central também precisa seguir essa mesma referência.
Tamanho e proporções
O tamanho da obra varia conforme a superfície disponível. Para paredes amplas, quadros maiores ou conjuntos de peças menores são boas opções. Romano sugere que a arte – individual ou em composição – ocupe entre 60 % e 75 % da largura da parede.
Se o quadro for instalado atrás do sofá, recomenda-se que a largura do conjunto corresponda a cerca de dois terços do móvel e que a altura fique entre 20 cm e 25 cm acima do encosto.
Composições tipo gallery wall
Para reunir diferentes obras numa mesma parede sem perder a harmonia, a arquiteta orienta:

Imagem: Carolina Mossin
- manter 5 cm a 10 cm de distância entre as peças;
- imaginar um retângulo invisível que delimite a área total e preserve a simetria;
- escolher um elemento comum, como cor de moldura, tonalidade ou estilo.
Teste antes de furar
O erro mais frequente, segundo Romano, é prender as obras sem antes visualizar o resultado. A recomendação é simular a disposição no piso, ajustando distâncias e alinhamentos, e só então transferir o layout para a parede.
Projetos da arquiteta ilustram as orientações: um hall de entrada repleto de peças acumuladas pela cliente, uma sala com duas telas do artista Anthony Mazza, uma sala de jantar com cadeiras de Sérgio Rodrigues ladeada por uma gallery wall, além da tapeçaria escultórica Sobejos VII, de Jéssica Costa, que acrescenta textura e volume ao espaço.
Com informações de Casa Vogue