Brasília — A jornalista Giuliana Morrone abriu as portas de sua nova residência de 500 m² na capital federal. Projetada pelo escritório Bloco Arquitetos, a construção foi erguida em torno de um pequizeiro, árvore símbolo do Cerrado que permaneceu no centro do pátio interno.
Morrone herdou o terreno dos pais após cinco anos como correspondente política em Nova York e decidiu erguer uma moradia que dialogasse com o bioma local. “Resolvi honrá-los e queria que a casa fizesse parte da natureza, e a natureza, parte dela”, afirmou.
Estratégias de sustentabilidade
O projeto evitou aberturas voltadas para o poente, priorizou a ventilação natural pelo vento leste e dispensou cercas voltadas para a rua. Placas solares aquecem a água e painéis fotovoltaicos completam o sistema energético autossuficiente. A casa também utiliza espaços vazios para favorecer iluminação natural.
Nos fundos, o jardim criado pela própria jornalista é irrigado somente com água de chuva. Já o paisagismo interno, assinado por Mariana Siqueira, mistura espécies nativas e exóticas sob uma claraboia que percorre dois pavimentos.
Interiores com memória
Peças de design brasileiro e internacional ocupam os ambientes, como a luminária 2097/18 de Gino Sarfatti, poltronas Wassily de Marcel Breuer e cadeira de balanço de Joaquim Tenreiro. A decoração inclui ainda objetos afetivos, entre eles a máquina de escrever do pai e uma tela da artista Maria Lúcia Sigmaringa.
Imagem: Joana França Beleza Biel Alvez
Para o arquiteto Daniel Mangabeira, do Bloco Arquitetos, a proposta vai além da técnica construtiva. “A verdadeira beleza na arquitetura é aquela que resiste ao tempo, e isso também é sustentabilidade”, declarou.
Habitar o novo endereço fez Morrone aprofundar estudos em temas ligados a ESG, além de adotar um novo cachorro, Potato, para fazer companhia a Caramela. A jornalista mantém rotina de escrita no escritório com vista para o pequizeiro, inspiração constante em meio ao Cerrado.
Com informações de Casa Vogue
