O arquiteto paisagista chinês Kongjian Yu, de 62 anos, morreu na quarta-feira (24) após a queda de um avião na região da Fazenda Barra Mansa, próximo a Aquidauana, no Pantanal sul-matogrossense. O acidente provocou quatro mortes.
Carreira acadêmica e profissional
Nascido em 1963, na província de Zhejiang, Yu formou-se na Universidade Florestal de Beijing e concluiu, em 1995, doutorado em Design na Universidade de Harvard, onde pesquisou padrões de segurança ecológica no planejamento territorial.
De volta à China, fundou em 1998 o escritório Turenscape, que se tornou um dos maiores do mundo em arquitetura paisagística, reunindo centenas de profissionais e projetos em diversos países. Também foi professor da Universidade de Pequim, onde criou o departamento de Arquitetura Paisagística.
Pioneirismo das “cidades-esponja”
Yu ganhou projeção internacional ao propor o conceito de cidades-esponja, sistemas urbanos capazes de absorver, armazenar e reutilizar a água da chuva. A estratégia virou política nacional na China em 2013 e influenciou iniciativas em várias partes do mundo.
Entre os projetos emblemáticos estão o Qunli Stormwater Wetland Park, em Harbin; o Red Ribbon Park, em Qinhuangdao; o Benjakitti Forest Park, em Bangkok; e o Fish Tail Park, em Nanchang, que transformou 55 hectares degradados em uma “floresta flutuante” para controle de cheias.

Imagem: Divulgação
Prêmios e reconhecimento
A trajetória de Kongjian Yu foi celebrada com distinções como o IFLA Sir Geoffrey Jellicoe Award (2020), o Cooper Hewitt National Design Award (2023) e o RAIC International Prize (2025).
Yu deixa legado reconhecido mundialmente na integração entre ecologia, planejamento urbano e cultura.
Com informações de Casa Vogue