Pular para o conteúdo
Início » Modernismo e arquitetura moderna: movimentos contemporâneos, conceitos opostos

Modernismo e arquitetura moderna: movimentos contemporâneos, conceitos opostos

São Paulo, 2025 – Apesar de surgirem em períodos semelhantes e compartilharem a busca por inovação, modernismo e arquitetura moderna representam visões distintas de projeto e construção. Enquanto o primeiro se apoia em formas orgânicas e ornamentação inspirada na natureza, o segundo prioriza a racionalidade estrutural, linhas retas e a funcionalidade dos espaços.

Origem dos movimentos

Ambos despontaram entre o fim do século XIX e o início do XX, impulsionados pela industrialização e pela urbanização acelerada. A reação a esses processos, porém, foi oposta. O modernismo rejeitou a padronização industrial, valorizando o artesanato e a estética natural. Já a arquitetura moderna abraçou os recursos fabris, defendendo a produção em massa como solução rápida para a reconstrução de cidades, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, com forte presença na Inglaterra e nos Estados Unidos.

Características do modernismo

• Integração de elementos naturais – flores, plantas, libélulas e figuras fantásticas – principalmente em fachadas e ferragens.

• Uso frequente de linhas curvas, arcos, hipérboles e parábolas.

• Fachadismo: estruturas ocultas por camadas ornamentais.

• Incorporação de esculturas, pinturas e mobiliário artesanais, alinhados ao movimento Arts & Crafts.

• Difusão em regiões burguesas da Espanha e da França; Antoni Gaudí tornou-se um de seus principais expoentes.

• Influência direta em correntes como Art Nouveau e Art Déco.

Traços da arquitetura moderna

• Estruturas ortogonais e fachadas sem ornamentos.

• Adoção irrestrita de novos materiais industriais.

• Valorização de slogans como “menos é mais” e “a forma segue a função”.

• Ampla transparência, grandes vãos e organização interna racional.

• Conhecida também como Estilo Internacional ou Funcionalismo.

Cinco princípios definidos por Le Corbusier

1. Pilotis: colunas que elevam o edifício, conferindo leveza.

2. Fachada livre: independência estrutural para o desenho externo.

3. Planta livre: flexibilidade total na organização dos ambientes.

4. Janelas alongadas: aberturas contínuas de ponta a ponta.

5. Terraço-jardim: cobertura transformada em área verde.

Ao confrontar a exuberância decorativa do modernismo com o pragmatismo da arquitetura moderna, especialistas destacam que os dois movimentos, embora contemporâneos, refletem respostas opostas às mesmas transformações sociais e tecnológicas do século XX.

Com informações de Casa Vogue

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Author