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Quando vale a pena estofar uma cadeira em casa e quando procurar um profissional

A restauradora e apresentadora espanhola Chus Cano, conhecida pelos programas do canal Decasa, elencou orientações para quem pretende renovar cadeiras desgastadas. As recomendações ajudam a decidir entre executar o trabalho por conta própria ou recorrer a um estofador.

Verificação estrutural é o primeiro passo

Antes de pensar no tecido, Cano orienta inspecionar a estrutura da peça. Fendas na madeira ou assentos com molas antigas indicam a necessidade de um profissional, já que o conserto exige ferramentas e técnica específicas. O mesmo vale para modelos totalmente estofados, especialmente aqueles com braços ou medalhão revestido no encosto.

Cadeiras com assento solto são as mais simples de reestofar

Há dois tipos principais de cadeiras parcialmente acolchoadas:

• Assento fixo: o tecido é grampeado diretamente na estrutura, exigindo mais atenção para não danificar a madeira ao removê-lo.
• Assento removível: basta soltar o tampo para trabalhar separadamente, o que facilita o processo.

Em ambos os casos, Cano recomenda guardar o tecido retirado para servir de molde. Depois de retirar grampos ou pregos, avalia-se a espuma; se estiver deformada, substitui-la por uma de alta densidade. O novo tecido deve ser cortado com margem, esticado uniformemente e fixado na parte inferior. Detalhes de acabamento, como passamanarias ou pregos decorativos, podem ser adicionados ao final.

Procedimento para modelos totalmente revestidos

Cadeiras que lembram pequenas poltronas exigem desmontagem completa. O processo inclui:

1. Remoção cautelosa de todo o revestimento antigo.
2. Avaliação e possível troca de espuma de encosto e assento.
3. Corte de peças individuais de tecido, respeitando curvas e desenho original.
4. Fixação começando pelo encosto, seguida do assento e, por fim, braços ou laterais, sempre esticando para evitar rugas.

Quando vale a pena estofar uma cadeira em casa e quando procurar um profissional - Imagem do artigo original

Imagem: Juliano Colodeti

Escolha do tecido influencia o resultado

Segundo Cano, espessura, elasticidade e padronagem determinam o grau de dificuldade. Veludo e lona pedem mais força para esticar, enquanto linho e algodão podem enrugar se manuseados sem cuidado. Tecidos estampados exigem alinhamento preciso, e materiais delicados, como seda, demandam ferramentas adequadas para evitar rasgos.

Erros comuns e como evitá-los

Cano lista falhas recorrentes em projetos caseiros:

• Escolha inadequada do tecido – opte por materiais resistentes, fáceis de limpar e com boa respirabilidade, como microfibra, chenille ou lona grossa.
• Medidas imprecisas – use o tecido original como molde.
• Falta de tensão ao grampear – pode gerar rugas ou deslocamento durante o uso.
• Estofar sobre base danificada ou sobre o tecido antigo.
• Uso de ferramentas domésticas no lugar de grampeadoras próprias para estofaria, além de grampos aplicados sem observar direção do fio ou da estampa.

Com essas orientações, o leitor pode calcular se a restauração cabe no próprio orçamento e habilidade ou se a cadeira deve seguir para o estofador.

Com informações de Casa Vogue

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