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PEC da Blindagem tenta limitar investigações e prisões de deputados e senadores

A Câmara dos Deputados discute uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringe a abertura de processos, a aplicação de medidas cautelares e a prisão de parlamentares. Conhecida como “PEC da Blindagem”, a matéria teve votação adiada após debates que se estenderam na quarta-feira, 27 de agosto. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), prevê nova tentativa de votação na próxima semana.

Principais pontos da proposta

O texto retoma dispositivos da Constituição de 1988 que exigem autorização prévia da Câmara ou do Senado para que deputados e senadores sejam processados criminalmente. Entre as mudanças, destacam-se:

  • Investigação: qualquer inquérito ou recebimento de denúncia contra congressistas dependerá de aval da respectiva Casa Legislativa.
  • Condenação penal: só terá validade com voto favorável de dois terços dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF); hoje basta maioria simples.
  • Prisão: parlamentares só poderão ser detidos em flagrante por crimes inafiançáveis, como racismo, terrorismo, tráfico de drogas, crimes hediondos, tortura e ataques armados à ordem constitucional.
  • Medidas cautelares: ações como prisão preventiva ou uso de tornozeleira eletrônica exigirão aprovação de dois terços do STF e da Casa Legislativa a que o parlamentar pertença.

Tramitação e posicionamentos

Por se tratar de emenda constitucional, a proposta precisa ser aprovada em dois turnos na Câmara e no Senado, com voto favorável de três quintos dos parlamentares em cada etapa. Siglas como PSD, PT, PDT, PCdoB e PSB já declararam oposição, enquanto deputados aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendem a aprovação.

Se aprovada nas duas Casas, a PEC passa a integrar a Constituição, alterando o atual regime de foro privilegiado e definindo novos critérios para a responsabilização criminal de integrantes do Congresso Nacional.

Com informações de Portal LeoDias

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